PROTEÇÃO DOS DADOS URNA ELETRÔNICA NO BRASIL
Início do VOTO em Urnas Eletrônicas: O Brasil começou a implementar urnas eletrônicas em 1996, inicialmente em algumas cidades como um teste. Esse processo foi gradualmente expandido, e desde as eleições de 2000, todas as votações no país passaram a ser realizadas exclusivamente através das urnas eletrônicas.
Motivação: A motivação para a adoção de urnas eletrônicas incluía a necessidade de aumentar a eficiência do processo eleitoral, reduzir o tempo de apuração dos votos e minimizar as fraudes associadas ao voto em papel.
Evolução:
- 1996: Primeira utilização nas eleições municipais de algumas cidades.
- 2000: Implementação completa nas eleições municipais.
- 2002: Utilização em eleições gerais (presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais).
- Atualizações contínuas: Desde então, o sistema tem passado por diversas atualizações e melhorias para garantir sua segurança e eficiência.
Mecanismos de Segurança
As urnas eletrônicas brasileiras são projetadas para garantir a integridade e a segurança do voto. Aqui estão alguns dos principais mecanismos de segurança:
Criptografia: A criptografia é usada extensivamente para proteger os dados na urna eletrônica. Entre os métodos utilizados estão:
- Criptografia assimétrica (RSA): Usada para proteger a transmissão dos dados.
- Criptografia simétrica (AES): Usada para proteger os dados armazenados na urna.
Armazenamento dos Dados: Os dados dos votos são armazenados em múltiplos dispositivos de memória, que incluem:
- Memória interna da urna: Onde os dados são inicialmente registrados.
- Mídias removíveis (flash drives, cartões de memória): Usadas para transferir os dados das seções eleitorais para os centros de apuração.
Integridade dos Dados: Para garantir que os votos não sejam alterados, o sistema utiliza:
- Assinatura digital: Cada voto é assinado digitalmente, garantindo sua autenticidade.
- Hashing (SHA-256): Garante que os dados não foram alterados durante a transmissão ou armazenamento.
Auditoria: As urnas eletrônicas possuem diversos mecanismos de auditoria, incluindo:
- Boletim de Urna (BU): Um relatório impresso ao final da votação, que contém o total de votos por candidato na seção eleitoral. Este boletim pode ser conferido pelos fiscais de partidos e serve como uma forma de verificação independente.
- Registro Digital do Voto (RDV): Um registro eletrônico de cada voto, que pode ser auditado posteriormente sem revelar a identidade do eleitor.
Segurança Física: Além das medidas digitais, as urnas eletrônicas possuem medidas físicas de segurança, como:
- Lacres e selos de segurança: Que garantem que a urna não foi aberta ou manipulada.
- Chaves criptográficas: Cada urna tem uma chave única que precisa ser ativada por autoridades eleitorais.
Computação dos Votos
A computação dos votos na urna eletrônica segue um processo rigoroso:
- Registro do voto: O eleitor faz sua escolha na urna, e o voto é registrado digitalmente.
- Armazenamento seguro: Os votos são armazenados em múltiplas localizações dentro da urna.
- Transmissão dos dados: Após o encerramento da votação, os dados são transmitidos para os centros de apuração através de uma rede segura, utilizando criptografia.
- Apuração: Nos centros de apuração, os votos são computados e os resultados são divulgados.
O processo garante que os votos sejam computados de forma rápida, precisa e segura, minimizando a possibilidade de fraude e erros humanos.
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